Ele está acompanhado por dois de seus filhos, os vereadores Renan (PL-SC) e Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Ao chegar não interagiu com um grupo de apoiadores que o esperava no local.
Bolsonaro teve o carro vistoriado antes de sair e está acompanhado por uma escolta de agentes da Polícia Penal do Distrito Federal, que estarão a paisana. Além disso, o ex-presidente está com uma tornozeleira eletrônica e o entorno do hospital recebe o reforço da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF).
Segundo o relatório da equipe que acompanha a saúde do ex-chefe do Executivo, vai passar por um procedimento na pele para remoção de algumas lesões. Ele irá retirar um "nevo melanocítico do tronco", uma pinta que costuma ser benigna, e o material será encaminhado para biópsia.
"JAIR MESSIAS BOLSONARO, já qualificado nos autos em epígrafe, por seus advogados que esta subscrevem, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer autorização para deslocamento a fim de se submeter a procedimento médico no Hospital DF Star, no dia 14/09/2025, conforme relatório médico anexo", diz o pedido. O procedimento não exige a necessidade de internação.
Na decisão, Moraes determinou que, em até 48hs após o procedimento, a defesa apresente à Corte um atestado médico que comprove a realização da consulta. O ministro ressaltou ainda que a medida é excepcional e não altera as demais restrições impostas a Bolsonaro.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal foi acionada para acompanhar a operação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) e os advogados de Bolsonaro também foram notificados.
No fim de agosto, o magistrado determinou uma série de ações para diminuir o risco de fuga do ex-presidente. Uma avaliação da Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF) apontou que havia "pontos cegos" nos fundos e lateral da residência de Bolsonaro.
A Primeira Turma do STF formou maioria de 4 a 1 pela condenação dos integrantes do núcleo principal da trama golpista. Votaram pela condenação os ministros Alexandre de Moraes - que também é relator da ação penal -, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O único voto divergente foi o do ministro Luiz Fux, que entendeu não haver elementos suficientes para caracterizar tentativa de golpe.
Jair Bolsonaro: foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão no julgamento da trama golpista. É a primeira vez na história do Brasil que um ex-presidente é condenado por tentativa de golpe de Estado.
Alexandre Ramagem: ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal (PL-RJ), foi condenado a 16 anos e 1 mês de prisão por tentativa de golpe de Estado. Os ministros também decidiram pela perda de seu mandato parlamentar
Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa no governo Bolsonaro, foi condenado a 19 anos de prisão, sendo 16 anos e 11 meses de reclusão e 2 anos e 1 mês de detenção, por tentativa de golpe e outros crimes.
Augusto Heleno: o general foi condenado a 21 anos de prisão, sendo 18 anos e 11 meses de reclusão e 2 anos e 1 mês de detenção, por tentativa de golpe de Estado.
Almir Garnier: ex-comandante da Marinha, recebeu pena de 24 anos de prisão, sendo 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção, por tentativa de golpe.
Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, foi condenado a 24 anos de prisão, sendo 21 anos e 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção.
Walter Braga Netto: o general foi condenado a 26 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Mauro Cid: tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi condenado a 2 anos em regime aberto. Como delator da ação penal relacionada à trama golpista, recebeu pena reduzida.