homem denuncia negligência em UPA após mulher perder filho na gestação

Funcionária da unidade de saúde foi afastada temporariamente

13/09/2025 | Por: O DIA

homem denuncia negligência em UPA após mulher perder filho na gestação

Divulgação

Rio - Um homem denuncia que o filho morreu após uma médica ter negado atendimento à sua mulher, nesta sexta-feira (12), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cabuís, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. A funcionária foi afastada temporariamente.
O denunciante usou as suas redes sociais para expor o caso. Segundo ele, a companheira começou a sentir dores depois de expelir uma bola de sangue durante a madrugada. Diante disso, a família buscou socorro na UPA, que é mais próxima de onde moram.
Uma médica da unidade teria negado atendimento para a mulher, que estava em uma cadeira de rodas. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a profissional fechando a porta no rosto do pai, causando revolta no homem.
Procurada, a Prefeitura de Nilópolis informou que abriu um processo administrativo para apurar com rigor os fatos e destacou que não compactua com má conduta de profissionais. O órgão disse que afastou a médica envolvida temporariamente e que as gravações feitas pelo circuito interno da UPA estão sendo apuradas.
Obrigação de atendimento
Ao DIA, o advogado Yuri Elias, especialista em Direito da Saúde, explicou que as UPAs são obrigadas a atender gestantes em situação de urgência e emergência, prestando os primeiros socorros imediatos e, quando necessário, encaminhando a paciente para maternidades ou hospitais que possuam estrutura obstétrica.
"A UPA integra a Rede de Atenção às Urgências e Emergências do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela deve estabilizar o quadro da gestante em situações de risco, como hemorragia, crise hipertensiva, dor intensa e trabalho de parto iminente. Depois da estabilização, a paciente deve ser regulada e transferida para uma unidade hospitalar com maternidade e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal ou obstétrica, quando for o caso", destacou.
Ainda de acordo com Yuri, o que não compete às UPAs só é realizar partos eletivos ou acompanhamento pré-natal, que devem ser feitos em maternidades ou unidades de atenção básica.

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