Rio - Gabriel Gomes dos Reis, apontado como gerente da maior quadrilha de roubo de veículos da facção Terceiro Comando Puro (TCP), foi preso neste domingo (5) próximo à Comunidade da Primavera, em Cavalcanti, Zona Norte da cidade.

Conhecido como "GB da Primavera", o homem é suspeito de ter participado de cerca de 50 crimes somente no ano de 2025. Além de já ter sido reconhecido em aproximadamente 20 investigações.

Segundo a Polícia Civil, o bandido começou sua trajetória na vida do crime em 2023 vendendo os automóveis roubados pela facção. Conforme foi crescendo e subindo de cargo no TCP, ele alcançou o posto de "Gerente dos Roubos de Veículos" da localidade. Porém, mesmo depois de assumir a função, o criminoso continuava roubando carros para receber mais dinheiro.

Ainda de acordo com a corporação, GB da Primavera estava sendo monitorado pelos agentes e, por conta da posição ocupada na hierarquia da facção, ele mudava constantemente sua rotina para evitar ser capturado pela polícia.

No entanto, na operação deste domingo (5), policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis da Capital (DRFA-CAP) e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Ssinte) localizaram o criminoso quando ele se dirigia ao encontro de um comparsa. A dupla planejava pegar armas e sair para praticar mais uma subtração de veículo.

Ao ser abordado pelas equipes, GB da Primavera agiu com violência contra uma policial civil que tentou capturá-lo. Contra ele, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva por roubo, além de ser autuado em flagrante pelo crime de resistência.

A ação faz parte da segunda fase da "Operação Torniquete", que tem o objetivo de reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e de veículos. Segundo a Civil, esses delitos financiam as atividades das facções criminosas, suas disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares de faccionados, estejam eles presos ou em liberdade.

A corporação também informou que já são mais de 640 criminosos detidos desde setembro de 2024. Além de cargas e veículos recuperados, avaliados em mais de R$ 42 milhões. Ainda de acordo com a polícia, as ações são contínuas e já ultrapassam R$ 70 milhões em bloqueio de bens e valores.