Queda de avião no MS mata renomado arquiteto chinês e cineasta brasileiro

Acidente deixou quatro mortos; aeronave era um Cessna Aircraft 175, de prefixo PT-BAN

24/09/2025 | Por: O Dia on line

Queda de avião no MS mata renomado arquiteto chinês e cineasta brasileiro

Uma aeronave de pequeno porte caiu, na noite desta terça-feira (23), na zona rural de Aquidauana, região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, a 141 quilômetros de Campo Grande. O acidente deixou quatro mortos, entre eles o renomado arquiteto chinês Kongjian Yu, considerado um dos maiores do mundo, e o cineasta brasileiro Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz.

A aeronave era um Cessna Aircraft 175, de prefixo PT-BAN, fabricado em 1958. Também estavam a bordo o piloto e proprietário, Marcelo Pereira de Barros, e o diretor e documentarista Rubens Crispim Jr. 
De acordo com o site "O Pantaneiro", há suspeita de que o piloto tenha tentado uma arremetida — manobra em que a aeronave interrompe o pouso para ganhar altitude novamente —, mas perdeu sustentação, caiu e explodiu em seguida. A reportagem entrou em contato com a Força Aérea Brasileira (FAB), mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Kongjian Yu, considerado um dos maiores nomes da arquitetura mundial, é o criador do conceito de cidades-esponja, que propõe que os centros urbanos absorvam, armazenem e reutilizem a água da chuva por meio de áreas verdes e infraestrutura permeável.

De acordo com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), Kongjian Yu esteve no dia 18 na abertura da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, na Oca, no Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.

Na sequência, ele viajou para fazer gravações sobre seu trabalho com um grupo de cineastas. Ele voltava de Campo Grande quando ocorreu o acidente. O arquiteto estava no Brasil desde o início de setembro, quando participou de uma conferência internacional.
Outra vítima do acidente, o cineasta Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz tinha uma trajetória consolidada desde 2007 na Olé Produções. Atuou em diferentes áreas do audiovisual e se destacou pela busca de retratar temas sociais, culturais e ambientais. Além do trabalho no cinema, participou de projetos de difusão cultural, festivais e iniciativas voltadas ao fortalecimento do audiovisual no Brasil. Entre seus trabalhos mais notáveis está a série indicada ao Emmy Internacional, "Dossiê Chapecó: O Jogo por Trás da Tragédia".
O proprietário e piloto do avião, Marcelo Pereira de Barros, era paulista e deixou dois filhos. O documentarista Rubens Crispim Jr., também vítima do acidente, foi cineasta, diretor de fotografia e produtor independente, nascido e residente em São Paulo. Ele dirigiu e fotografou documentários como "Segue o Baile – Bixiga 70" (2017), exibido em festivais e disponível em plataformas de streaming.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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