A Defesa Civil estima que, nos próximos dias, o nível da água irá se estabilizar e gradualmente começar a diminuir, mesmo com chuvas contínuas no norte do Amazonas e em Roraima.
O Estado possui nove calhas (subdivisões das bacias hidrográficas) e todas seguem em processo de cheia. Apenas quatro cidades em todo o Estado não enfrentam o cenário. "É importante as pessoas entenderem que estão vivendo sob uma ameaça real", alerta o coronel.
Tradicionalmente, a altura do Rio Negro aumenta a partir de março e diminui no mês de julho. A alta neste mês acende alertas Não à toa, enquanto calcula os prejuízos, a Defesa Civil trabalha com a perspectiva de que eventos desse tipo aconteçam novamente nos próximos anos. E o maior responsável, ressalta Máximo, são as mudanças climáticas.
"Enquanto os acordos internacionais não forem cumpridos e não observarmos uma redução dos efeitos do aquecimento global, a tendência é que o mundo continue com esse desequilíbrio climático, de erosões fluviais a enchentes e estiagens", diz.
"Não devemos nos surpreender porque temos a convicção de que somos afetados pelas alterações no sistema ecológico", acrescenta o coronel.
Ele comenta que, antes das inundações, o sistema de monitoramento da Defesa Civil já tinha emitido alertas às cidades. Além disso, o Amazonas conta com um comitê permanente de eventos climáticos extremos.
"Estamos falando de um Estado que tem bastante déficit habitacional, problemas de saneamento e infraestrutura. Isso leva muitas pessoas a morarem em situação de vulnerabilidade, o que aumenta o risco nestes cenários de cheia", pontua.
Contenção de danos
Para lidar com o problema, o Governo do Amazonas enviou 580 toneladas de alimentos, 57 mil copos de água e 10 kits purificadores de água aos municípios afetados.
Segundo o boletim divulgado diariamente por meio do programa Operação Cheia 2025, também foram enviados 72 kits de medicamentos e uma estação móvel de tratamento de água percorre as ruas de áreas afetadas.